sábado, julho 27, 2024
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Tratamento dentário na gravidez: mitos x verdades

Parece improvável, mas o estado bucal da gestante afeta diretamente a saúde do bebê. Alguns problemas podem provocar, inclusive, partos prematuros e perda de peso do feto. A professora Carolina Dolabela, coordenadora estratégica do curso de Odontologia do UniBH, explica alguns mitos e verdades que costumam ser ditos sobre a saúde bucal das grávidas. Confira:


1) Os dentes da mulher grávida ficam mais fracos por dividir o cálcio com o bebê: MITO

Os nove meses de gestação não são suficientes para descalcificar a dentição da mulher. “Mas é importante manter uma dieta balanceada, com quantidades adequadas de cálcio para ela e a criança, investindo em alimentos como leite, queijo, tofu, espinafre, iogurte, couve e grão de bico”, comenta.


2) A gestação favorece o surgimento de cáries: VERDADE

Por causa das alterações hormonais, o fluxo da ação protetora da saliva é diminuído e as grávidas passam a comer um pouco mais, gerando mais acidez na boca e facilitando a desmineralização dos dentes e a formação de cáries. A especialista alerta: “As bactérias podem acessar o sistema circulatório e se fixar na placenta, provocando partos prematuros e perda de peso do feto”.


3) Grávidas não podem fazer radiografia da boca: MITO

Nos exames odontológicos, o nível de radiação a qual elas estarão expostas é baixo, não trazendo nenhum risco para a mãe ou o bebê. “Basta lembrar sempre de utilizar os coletes protetores de chumbo e ter o máximo de cautela, principalmente nas regiões próximas ao feto, como o abdômen”.


4) Grávidas não podem tomar anestesia: MITO

Hoje, no mercado, já existem opções especiais disponíveis para essa situação. “São anestésicos sem vasoconstritores, que não contêm substâncias que comprimem os vasos sanguíneos, podendo assim ser usados por gestantes”, conta Carolina. Vale ressaltar que, ainda assim, esse medicamento só deve ser usado em situações emergenciais, pois eventualmente ultrapassam a barreira placentária e causam descolamento e alterações no feto.

5) O aumento na produção de hormônios favorece a gengivite: VERDADE

“As variações hormonais promovem uma dilatação dos vasos sanguíneos. Isso provoca uma resposta exagerada dos tecidos gengivais, aumentando o risco de transtornos na região”, afirma. Assim, as gengivas ficam menos protegidas e com menor capacidade de regeneração.

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