sexta-feira, julho 26, 2024
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Ninfoplastia pode melhorar auto-estima e conforto da mulher

De acordo com um levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), feito em 2017, o Brasil é líder mundial em cirurgia íntima feminina, com o registro de 21 mil realizadas por ano. Também chamada de ninfoplastia, mais do que uma questão estética, a plástica da intimidade melhora a autoestima da paciente e traz conforto, pois alguns distúrbios podem provocar dor na relação sexual e, em casos mais raros, dificuldade de higienização da região, o que acaba provocando acúmulo de secreções e urina, levando a infecções constantes, como a candidíase.

 

Segundo a cirurgiã plástica Cíntia Mundin, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com a técnica é possível corrigir pequenos lábios aumentados; grandes lábios hipotrofiados (murchos) ou hipertrofiados (cheios); monte de vênus volumoso; perda de pelos pubianos; reparação da deformidade nos lábios vaginais pós-parto ou por traumas. “Por se tratar de um assunto muito íntimo e pouco discutido, ainda encarado como um tabu, algumas mulheres não sabem que com a ninfoplastia é possível melhorar, amenizar ou até mesmo corrigir problemas que causam tanto incômodo a ponto de trazerem danos psicológicos”, esclarece.

 

A ISAPS revela que, dentre os procedimentos acima, a redução dos pequenos lábios vaginais é o mais procurado no Brasil. “Algumas mulheres têm os pequenos lábios muito grandes e sentem dor durante a relação sexual. Além disso, ficam constrangidas em vestirem roupas justas, biquínis e maiôs. Com a técnica ninfoplastia – também conhecida como labioplastia – retira-se o excesso de pele de um ou ambos os lados. Não é necessário curativo e não fica cicatriz aparente, nem provoca perda da sensibilidade local”, assegura Mundin.

Outra situação que interfere na autoestima é quando os grandes lábios se apresentam hipotrofiados (murchos) ou hipertrofiados (cheios). “O primeiro caso é mais comum em mulheres idosas. A correção é feita com o enxerto de gordura da própria paciente, restaurando o volume dos grandes lábios e recuperando a anatomia da região. No segundo caso é realizada uma lipoaspiração com cânula fina para reduzir a espessura dos grandes lábios. A lipoaspiração também é usada para a correção do monte de vênus volumoso, região acima do púbis, que pode acometer até pessoas magras”, explica a cirurgiã plástica.
A perda de pelos pubianos é mais comum em mulheres idosas ou após a cesariana e pode ser reparada com implante de pelos da próprio paciente ou correção da cicatriz pré-existente. Já a cirurgia de reparação da deformidade nos lábios vaginais pós-parto ou por traumas pode ser corrigida com técnica semelhante à labioplastia.

 

Cíntia Mundin esclarece que após dois anos da menarca (primeira menstruação) as mulheres já podem recorrer à cirurgia íntima, mas somente após uma avaliação cuidadosa do cirurgião plástico. “O mais importante é que a mulher se sinta à vontade para conversar com o seu médico que irá avaliar se ela é ou não uma candidata a esse tipo de operação”, orienta a cirurgiã. O procedimento dura em torno de 60 minutos, não causa dor ou desconforto, e a alta hospitalar ocorre no mesmo dia, com recuperação plena em algumas semanas. “É recomendável repouso de três dias e sem relações sexuais durante um mês. Pode-se retornar às atividades normais após repouso de três dias”, afirma Mundin.

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