sábado, julho 27, 2024
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Cuidados simples evitam doenças nos animais de estimação

O fim de ano se aproxima e, com ele, os preparativos para o período de férias. E os pets também devem entrar na lista de planejamento para o descanso . Cuidados devem ser tomados para evitar que os animais adoeçam ao viajarem ou mesmo s e ficarem na responsabilidade de outras pessoas enquanto os tutores passeiam . M edidas preventivas simples – como não tomar muito sol, uso de vermífugos e repelentes – podem evitar problemas graves . Algumas dessas ações devem ser realizadas com certa antecedência, para que haja tempo d a medicação fazer efeito . Uma das enfermidades, a dirofilariose, conhecida como verme do coração, exige proteção especial quando o destino for a região litorânea, onde há maior incidência de casos. Já no caso de campo e fazenda, o foco deve ser o combate a os carrapatos e pulgas . Os problemas dermatológic o s também demandam atenção no período.

Veterinário especialista em dermatologia, Guilherme De Caro Martins, do Centro de Especialidades Veterinárias (Centrovet), alerta que no período de férias pode haver um certo relaxamento dos tutores com seus animais devido a viagens. Alguns deixam os pets em hoteizinhos ou levam os bichos para os passeios sem tomar os devidos cuidados.

“Ansiedade do período, o estresse gerado por ficar em hotelzinho e pela distância dos tutores, problemas comportamentais, não seguir corretamente tratamentos já em andamento, particularidades da região para onde se vai viajar. Essas são algumas características que podem deixar os animais mais propensos a desenvolver doenças no período”, explica Martins. Com isso, a dica é tomar cuidado com os pets e incluí-los nos preparativos necessários para folga.

Para evitar as doenças dermatológicas, sendo a mais comum delas a dermatite atópica, os tutores podem tomar medidas simples, como evitar a exposição excessiva do animal ao sol. Essa ação protege, inclusive, contra o câncer de pele. A dica vale especialmente para cães e gatos de pele clara ou de pelo curto. Há protetor solar para animais, sendo que o tutor deve observar se o produto contém óxido de zinco, que é tóxico se lambido pelos bichos. A umidade constante também pode causar problemas dermatológicos, devendo ser evitada.

Além disso, é necessário o uso de repelentes e medicamentos contra pulgas e carrapatos. A precaução é válida principalmente para os animais que vão para o campo e fazenda, onde há maior incidência do problema.

Já para os animais que vão viajar para as áreas litorâneas, o principal cuidado deve ser com a dirofilariose, conhecida como verme do coração. E specialista em cardiologia veterinária do Centrovet , Lívia Oliveira Ribeiro explica qu e a doença é transmitida pela picada de mosquitos bastante comuns, entre eles o Aedes aegypti . Se o mosquito pica o cão contaminado, pode transmitir a doença ao pica r outro cão.

Em Minas Gerais há o vetor, ou seja, o mosquito transmissor d o verme do coração , mas a região não é endêmica para a doença. Entretanto, as regiões litorâneas são endêmicas, inclusive porque o clima quente é propício para a proliferação dos mosquitos, aumentando as chances de transmissão . O Rio de Janeiro, um dos destinos preferidos dos mineiros, é uma área com altamente endêmica. “ Se não houver cuidado, se não houver prevenção, o trânsito de animai s de área s endêmicas pode até aumentar o número de casos em nossa área ”, explica a especialista.

O verme infecta a pele e, pela corrente sanguínea, segue até o pulmã o, podendo ating ir também o coração. Se chegar ao coração, o verme se desenvolve, fica grande, obstruindo artérias , causando aumento do coração, insuficiência cardíaca e até a morte do animal. Além de acometer o coração, a dirofilariose pode também provocar problemas de pele, causando coceiras e feridas de difícil cicatrização.

Apesar de a doença ser grave, a prevenção é simples, sendo realizada por meio do uso de vermífugo e repelentes . Para garantir uma segurança do animal durante as férias , o ideal é que o tutor leve o pet ao veterinário aproximadamente 30 dias antes da viagem. Essa antecedência é necessária para que os medicamentos comecem a fazer efeito.

O profissional avaliar á qual a medida preventiva mais adequada, levando em conta as características dos animais, como raça e porte . Além disso, indicar á a periodicidade ideal para aplicação do medicamento e informar á as medidas a serem tomadas após a viagem. A veterinária indica que, mesmo se a viagem não for para o litoral, a medida preventiva deve ser tomada.

Segundo Lívia Ribeiro, há opções de vermífugos que podem ser tomados via oral e há os injetáveis. Outra possibilidade são produtos aplicados no dorso, sobre a pele, contra pulgas e carrapatos. Há ainda as coleiras utilizadas contra a leishmaniose, que também espantam mosquitos transmissores da dirofilariose.

“Quando o tutor leva o animal à região de praia, deve optar por uma dessas alternativas . Ao retornar, dependendo da medicação, deve ser feita nova aplicação . A prevenção é para quem está indo e também para quem está chegando”, esclarece .

As medidas devem ser adotadas para cães e gatos. Mas o verme do coração se desenvolve de maneira diversa nas duas espécies. Nos felinos não ocorre a fase cardíaca, sendo que o verme pode atingir até o pulmão. A doença é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida do animal para o ser humano, que também não desenvolve a fase cardíaca.

Há tratamento para o verme do coração, mas os casos de cura só ocorrem quando o diagnóstico é feito na fase inicial. O complicador é que, nessa etapa, a doença é silenciosa, ou seja, o animal infectado não apresenta sintomas.

A especialista explica que, na fase inicial, quando os vermes estão pequenos (microfilárias), visíveis só pelo microscópio, a doença é passível de cura. Já quando há o diagnóstico tardio, é possível manter o problema sob controle. Isso porque quando o verme atinge o coração, se for morto pelo uso de medicação, causará obstrução de vasos e artérias, podendo levar o animal a óbito. Então, nessa etapa, a indicação é para evitar a proliferação do verme, mas não sua eliminação.

Já na fase pulmonar, a doença pode apresentar sintomas, como tosse, espirros e cansaço. Nessa etapa, dependendo do caso, o verme do coração tem cura. Entretanto, há tendência a complicações, pois a enfermidade estimula uma reação inflamatória. O check up anual pode auxiliar no diagnóstico, por meio do hemograma de rotina.

Então, já sabe: para aproveitar sol, mar, areia e fazenda junto com os animais de estimação, são necessários cuidados especiais antes do período de descanso. A medida garante que, na volta, você não trará problemas na bagagem.

 

DICAS

Vai viajar com seu animal durante as férias? Saiba o que fazer para evitar algumas doenças no período:

– Cerca de 30 dias antes da viagem, leve o animal ao veterinário. Esse prazo é recomendado porque, dependendo do caso, a medicação preventiva demanda um período até fazer efeito.

– Medidas simples, como o uso de vermífugos e repelentes, pode evitar doença graves, como a dirofilariose, ou verme do coração, e dermatites. Os remédios podem ser ingeridos via oral, injetáveis, aplicados sobre a pele ou até mesmo com o uso de coleira especial.

– Um dos problemas que o uso de vermífugo pode prevenir é a dirofilariose. Conhecida com verme do coração, a doença pode causar complicações e até levar o animal à morte. A doença é transmitida por mosquitos e é endêmica em regiões litorâneas, como o Rio de Janeiro e Nordeste.

– Se o animal for ficar em hotelzinho ou sob cuidados de outras pessoas, oriente bem o cuidador sobre os hábitos dos animais, para evitar estresse. Se ele tiver sob tratamento medicamentoso, peça rigor na continuidade do tratamento. A dermatite atópica, por exemplo, demanda aplicação da medicação todos os dias, além de banho toda semana. Ou seja, é necessário empenho do tutor ou cuidador para manter os cuidados mesmo durante as férias .

– Evite sol excessivo. Os cuidados tomados pelas pessoas, como evitar exposição ao sol em certos horários, devem ser adotados com os animais. A medida evita doenças dermatológicas e o câncer de pele. Esse cuidado deve ser redobrado em animais de pelagem clara e naqueles de pelo curto.

– Se a viagem tiver como destino campo ou fazenda, concentre os esforços contra pulgas e carrapatos. Vale uso de repelentes e de medicamentos que combatem esses parasitas.

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