sexta-feira, julho 26, 2024
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Como a violência psicológica afeta seu corpo

Corpo e mente são um só. Por mais que isso lhe pareça óbvio, temos a estranha sensação de pensar em cada um isoladamente. Já parou para analisar como os reflexos das emoções e dos sentimentos aparecem no seu corpo? Muitos são os sinais, em alguns casos até doenças…

 

A violência psíquica é, na grande maioria dos casos, sorrateira. Surge sem percebermos, sem que sejamos capazes de notar a forma sutil com que nos atinge. Costumam perseverar ao longo do tempo e agem como uma gota d´água sobre uma pedra. Constantes, contínuas, causando uma erosão difícil de observar se a olharmos em um curto espaço de tempo. Aquele que faz explora pouco a pouco a mente da outra pessoa.

Entre as doenças mais ligadas à violência psicológica está a hipertensão, gastrite, derrame ocular e a fibromialgia. É preciso desconstruir a imagem de maus tratos relacionada à violência física, uma vez que a pessoa que sofre algum tipo de pressão psicológica pode estar em um momento de maior fragilidade.
Além das doenças físicas, a violência psicológica causa apatia, baixa autoestima, depressão e desconfiança consigo e com aqueles que estão no convívio. A vítima se sente menor que os demais e se acha dependente do agressor. Um cenário difícil de ser notado, tratado e desvinculado.

Manipulação, desvalorização, insultos e atos coercitivos estão muito mais presentes no cotidiano, nos lares e no ambiente de trabalho do que agressões físicas. E, assim como nos casos de espancamento, há um silêncio quase soberano. O número de denúncias e a quantidade de pessoas que busca por ajuda é muito pequeno.

 

Para mudar, é preciso dar a devida importância à saúde emocional. Sem distinções, sem priorizar a saúde física como se fosse uma parte isolada do nosso corpo. Experiências negativas nos levam ao adoecimento e isso é fato. Cuidar de si é preservar nosso corpo com um todo. Sair do círculo de convivência de quem nos maltrata pode ser difícil, mas é possível quando se busca ajuda através do contato com outras pessoas que já passaram pela mesma situação e através da ajuda de um bom profissional de psicologia.

 

* Gislaine Soares é psicóloga, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurometria

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