sábado, julho 27, 2024
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Vacina pentavalente pode faltar em BH

Problemas no fornecimento da vacina pentavalente estão provocando um desabastecimento nos postos de saúde e laboratórios da capital mineira. Conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde da capital, a vacina ainda está disponível em todas as 152 unidades de saúde da capital. Porém, os estoques são suficientes para um prazo aproximado de 30 dias, ou seja, somente para o mês de agosto. Segundo o órgão, há previsão de novos repasses por parte do Ministério da Saúde, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) reprovaram, em 12 de julho, lotes recebidos do laboratório indiano Biologicals E. Limited. Portanto, não há como garantir que problemas de desabastecimento não irão ocorrer.

 

Em 18 de julho, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) resolução determinando a suspensão da importação, distribuição e uso da vacina fabricada pela Biological E. Limited. Conforme o texto, a empresa foi considerada insatisfatória por descumprimento de requisitos de qualidade. A resolução alerta que foi detectada formação de grumos em lote da vacina pentavalente líquida.

A Secretaria de Estado da Saúde de Minas (SES-MG) informou que, em julho, encaminhou um quantitativo de 50% da cota de vacina pentavalente a todos os municípios mineiros. Atualmente, é aguardada nova remessa da vacina por parte do Ministério da Saúde. O responsável por enviar as doses da vacina é o órgão federal, enquanto a SES-MG repassa aos municípios.

De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que a distribuição da pentavalente se normalize a partir de setembro. O órgão explica que essa vacina é adquirida via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), pois o país não conta com produção própria. Para evitar um possível desabastecimento, o Ministério da Saúde solicitou à Opas a substituição das doses fornecidas pelo Biological E. Limited. Com isso, em julho, já enviou aos Estados cerca de 400 mil doses da pentavalente de outro laboratório, o Serum Índian.

 

Em Belo Horizonte, três clínicas particulares procuradas pela reportagem informaram que estão fornecendo a dose normalmente. Uma delas, porém, informou que a vacina não está sendo encontrada para reposição dos estoques. Nos serviços privados, o preço da dose da vacina varia entre R$ 200 e R$ 300. Postos de saúde de quatro regionais de Belo Horizonte também informaram que as doses estão disponíveis.

 

Grupos de WhatsApp formados por pais e mães para troca de informações sobre assuntos diversos envolvendo seus filhos também foram consultados, sendo que não houve queixas sobre o fornecimento da pentavalente em Belo Horizonte.
Conforme a SES-MG, a vacina pentavalente protege contra a diferia, o tétano, a coqueluche, a hepatite B e as infecções causadas pelo Haemophilus influenzae b. É indicada para a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade como dose do esquema básico do Calendário Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. São três doses, administradas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias. Há necessidade de reforços com a vacina adsorvida diferia, tétano e pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

PROTEÇÃO

Em 7 de junho é comemorado o Dia da Imunização. Neste ano, na data, a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, alertou que a vacinação é, ao mesmo tempo, um ato individual e coletivo. “Vacinação é um ato individual, para nos proteger. Mas também é um ato coletivo. Se não tivermos coberturas vacinais de todos, doenças graves podem voltar e aí vem aumento de hospitalização e morte no país”, informou ao ela ao Blog da Saúde, do Ministério da Saúde. Segundo o blog, quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância e produz uma defesa, os anticorpos. São esses anticorpos que permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro, criando a imunidade.

 


SOBRE A VACINA PENTAVALENTE

 

– A vacina pentavalente protege contra a diferia, o tétano, a coqueluche, a hepatite B e as infecções causadas pelo Haemophilus influenzae b.

– É indicada para a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade como dose do esquema básico do Calendário Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

– O esquema corresponde a três doses, administradas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses.

– São necessárias doses de reforço com a vacina adsorvida diferia, tétano e pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

– Caso haja falta da vacina pentavalente para o esquema de 2, 4 e 6 meses, a dose pode ser substituída pela vacina DTPa, hepatite B e Hib.

– Caso a criança não seja vacinada, os pais devem evitar locais com grande quantitativo de pessoas visto que a criança não está protegida

 


Fonte: SES-MG

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