terça-feira, dezembro 3, 2024
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Exames de rotina podem salvar os rins

Os rins são responsáveis pela filtragem e eliminação de substâncias produzidas durante o metabolismo, funções vitais para o nosso corpo. Mas grande parte da população não se preocupa com os cuidados para o bom funcionamento desses órgãos e nem com os sinais de possíveis doenças, apesar da prevenção poder ser feita com dois procedimentos simples: a dosagem de creatinina e o exame de urina. Por isso, o tema do Dia Mundial do Rim, comemorado neste ano em 12 de março, será “Saúde dos rins para todos. Ame seus rins. Dose sua creatinina!”.
Estima-se que 2,4 milhões de pessoas morram todos os anos por Doença Renal Crônica (DRC), com mais de 850 milhões de casos registrados anualmente. Muitas dessas doenças são descobertas em estágio avançado, o que poderia ser evitado caso houvesse a preocupação de se fazer procedimentos de rotina. “Os estágios iniciais das DRCs não costumam provocar sintomas. No entanto, é possível que os problemas sejam detectados em exames laboratoriais, como a Taxa de Filtração Glomerular, calculada com dosagem de creatinina no sangue e dados como sexo e idade. Assim, o paciente pode ser encaminhado para um especialista o mais cedo possível, potencializando as chances de cura ou controle ou de estagnação da perda da função renal”, afirma Adriano Basques, gerente técnico do Laboratório Lustosa, chamando a atenção para o risco de o paciente, em casos graves, ter que se submeter à diálise ou até a um transplante.
FATORES

 

As DRCs frequentemente são agravadas pelas condições sociais, discriminação de gênero, falta de informação, riscos ocupacionais, poluição do meio ambiente, dentre outros fatores. Podem ainda aumentar o risco da perda da função dos rins a diabetes, a hipertensão, o fumo, a obesidade, o colesterol alto, o histórico familiar e a idade acima dos 65 anos.

 

“Todas as pessoas com essas características de risco devem realizar exames preventivos periodicamente. Hoje, há possibilidade de se saber quase tudo sobre o rim por procedimentos que podem ser solicitados na rede primária de saúde. O rastreamento de indivíduos de alto risco e o diagnóstico e o tratamento precoces são as maneiras mais eficazes em termos de custo para prevenir ou retardar doenças renais em estágio terminal”, destaca Adriano.

 

GENÉTICA
O fator genético também apresenta grande influência nas doenças renais, como pedras nos rins, rins policísticos, câncer renal e síndromes como Alport e Síndrome Nefrótica. De acordo com a assessora em Genômica e Genética do Laboratório Lustosa, Fernanda Soardi, atualmente são conhecidas 60 doenças direta ou indiretamente relacionadas à alteração da função renal que são genéticas com caráter hereditário, ou seja, com capacidade de ser transmitida entre as gerações de uma família.

 

Algumas doenças são raras. Já outras são relativamente comuns, como a Doença do Rim Policístico Autossômica Dominante (ADPKD), com incidência de cerca de uma em cada 700 pessoas e que atinge 5% dos pacientes submetidos à hemodiálise ou a transplante renal. Dessa forma, os exames genéticos em conjunto com os procedimentos de rotina laboratorial devem ser considerados se houver histórico familiar ou dependendo da suspeita clínica.

 

A utilização da genética também é importante nos casos de transplante renal, quando o doador for da mesma família da pessoa a receber o transplante e a causa da doença for genética. Nesse caso, é importante descartar a possibilidade de o doador ter a mesma doença no futuro, mesmo que os exames de imagem não evidenciem alterações.

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