quarta-feira, novembro 20, 2024
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Dez fatores que podem afetar a saúde dos ossos

 

Os ossos são muito importantes para a vida humana: eles dão sustentação, protegem órgãos internos, ancoram os músculos e armazenam cálcio. O nosso esqueleto está em constante transformação, ossos antigos sendo desfeitos e novos sendo modelados.

 

Como qualquer órgão do corpo, é preciso ter maior atenção com o passar do tempo. “O pico de massa óssea ocorre por volta dos trinta anos, e essa massa acumulada funciona como uma ‘reserva’. Depois disso, há uma tendência em perdermos massa óssea gradativamente”, afirma a médica patologista clínica e diretora técnica do Laboratório Lustosa, Luisane Vieira.

 

Mas além da idade, existem outros fatores, comportamentais ou hereditários, que podem acelerar a perda óssea. Abaixo listamos os mais importantes, e se você se enquadra em algum desses itens, deve ficar atento e tomar cuidados para não ter problemas na terceira idade.


Fatores que afetam a saúde óssea

    1. 1 – Pouco cálcio na dieta – Procure incluir no dia a dia alimentos ricos em cálcio: laticínios, amêndoas, brócolis, couve, salmão, sardinhas, soja e tofu. A suplementação pode ser indicada em alguns casos.

2 – Sedentarismo – Sem exercícios, os ossos perdem minerais e não absorvem o cálcio da alimentação. Não há necessidade de fazer atividades de alto rendimento. Uma caminhada, uma corrida leve ou simplesmente subir alguns lances de escadas, desde que constantemente, já contribuem para o fortalecimento.

3 – Uso de álcool e tabaco – O álcool reduz a absorção do cálcio, prejudicando os ossos. Já o as toxinas presentes no cigarro inibem a produção do osteoblasto, célula produtora da matriz da massa óssea.

4 – Sexo feminino – Pesquisas apontam que as mulheres são mais atingidas pela osteoporose que os homens, devido à redução da produção de estrogênio após a menopausa. Uma das funções desse hormônio feminino é fixar o cálcio nos ossos.

5 – Magreza (IMC < 19) e físico franzino – Quanto menor a massa muscular, pior a qualidade dos ossos. Da mesma forma, quanto mais fortes são os músculos, mais fortes e mais protegidos são os ossos.

6 – História familiar – Estima-se que os genes determinam cerca de 60% da massa óssea de adultos, o que ressalta a grande influência da questão genética nesse contexto. Portanto, quem tem casos de osteoporose na família deve reforçar os hábitos descritos acima e intensificar as visitas ao médico para exames preventivos.

7 – Etnias branca ou asiática – As mulheres negras, por características próprias, nascem com cerca de 30% mais massa óssea que as brancas. As asiáticas possuem ossos menores que a média mundial, fazendo com que a perda óssea seja proporcionalmente maior.

8 – Hormônio tireoidiano em excesso e testosterona baixa em homens – Sabe-se que os hormônios da tireóide influenciam na remodelação óssea, mas não há ainda estudos suficientes que mostram detalhadamente esses impactos. A testosterona, nos homens, também auxilia na recuperação óssea. Alterações nos níveis desses hormônios são sinais de alerta.

9 – Desnutrição e distúrbios alimentares – Esses problemas fazem com que o corpo não tenha disponíveis minerais necessários para a recomposição óssea.

10 – Medicamentos (especialmente corticóides) – Alguns corticóides são fundamentais no tratamento de inflamações, mas eles também podem reduzir a densidade óssea, aumentando o risco de fraturas. Combinados com outros fatores de risco, podem causar osteoporose. Se o uso for indispensável, pode ser necessária a complementação de cálcio e vitamina D na alimentação.

Segundo Luisane Vieira, a densidade óssea pode ser avaliada por meio do exame de imagem específico, a Densitometria Óssea. Outros estudos podem complementar os diagnósticos incluindo hemograma com velocidade de hemosedimentação (VHS), cálcio sérico, fósforo, creatinina, eletroforese de proteínas séricas, fosfatase alcalina total ou fração óssea, transaminases e calciúria de 24 horas. A testosterona deve ser dosada em todos os homens com osteoporose.

 

Os testes de função tiroideana só devem ser pedidos quando há suspeita clínica de hipertiroidismo ou o paciente estiver recebendo medicação hormonal tiroidiana. O laboratório também pode contribuir para a monitorização do tratamento por meio de exames marcadores da reabsorção óssea (interligadores do colágeno), uma vez que poderiam indicar uma boa resposta antes dos exames de imagem.

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