sábado, setembro 7, 2024
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Consumir chocolate na gravidez faz mal para o bebê?

O chocolate é o doce preferido da maioria dos brasileiros e, raramente, tem alguém que dispense. Mas, uma coisa é certa: mulheres e crianças são os maiores consumidores do cacau em suas várias formas de apresentação. Uma pesquisa da Euromonitor International, em 2018, revelou que o brasileiro consumiu 1,3 kg de chocolate em média ao ano, colocando o Brasil na 6ª posição do ranking mundial, atrás de países como Suíça (8,5 kg) e Áustria (8,2 kg).
O fato é que o chocolate é gostoso, alimenta e proporciona diversos benefícios à saúde feminina. Alguns estudos apontam o cacau como um importante aliado durante a tensão pré-menstrual e também na gravidez, auxiliando na produção de substâncias da serotonina, também conhecida por proporcionar a sensação de bem-estar. Quando consumido durante a gravidez, o chocolate contribui com a redução dos níveis de estresse, diminuindo as complicações como pré-eclâmpsia.

 

Entretanto, é importante atenção às características do chocolate, pois apresentar baixo teor de açúcar e gordura e maior quantidade de cacau possível, ou seja, quanto mais escuro, melhor. É fundamental lembrar também que o chocolate branco não tem os mesmos benefícios, por ser produzido com manteiga de cacau, ou seja, gordura. Quando consumido durante a gravidez, o chocolate contribui para a redução dos níveis de estresse, restringindo complicações, como a pré-eclâmpsia.

Na Finlândia, por exemplo, a revista New Scientist publicou alguns relatórios revelando que as grávidas consumidoras de chocolate têm mais chances de gerarem bebês mais animados e felizes. O estudo envolveu 300 gestantes e os pesquisadores observaram ainda que, os bebês de quem consumia chocolate respondiam melhor a novos estímulos e situações que os outros.

 

O consumo moderado de cacau auxilia na redução do colesterol e no controle da pressão arterial, pois a substância teobromina atua como vasodilatadora e também sobre os brônquios nos pulmões, além de ter ação diurética.

 

O chocolate ainda é um alimento rico em flavonoides, substâncias antioxidantes que auxiliam as grávidas, principalmente, no fortalecimento da imunidade e sistema cardiovascular. O consumo contribui para prevenir a pré-eclâmpsia, considerada uma das principais causas de partos prematuros e que, geralmente, está relacionada à pressão arterial elevada. O magnésio presente no cacau é conhecido por ajudar no metabolismo de ácidos graxos, proporcionando uma capacidade de auxiliar na prevenção de doenças cardíacas.

 

O cacau tem diversos benefícios à saúde, mas, como todo alimento, deve ser consumido moderadamente para evitar impactos negativos, em vez de benefícios, principalmente, no peso. O consumo recomendado é 15 gramas diárias e, de preferência, 70% cacau. Vale lembrar, ainda, que, durante a gravidez, a mulher pode engordar de 7 a 15 quilos, sendo até 2 quilos nos dois primeiros meses e meio quilo por semana, a partir da 16ª semana. A alimentação saudável é sempre recomendável, mas não é necessário se privar do prazer do chocolate.
* Marco Melo é especialista em reprodução assistida e diretor da Clínica Vilara

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