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Avanço da pandemia deixa diabéticos em alerta

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Os cuidados com a saúde e o bem-estar sempre foram incentivados para obesos e diabéticos brasileiros. Várias campanhas são realizadas para estimular a manutenção de uma alimentação saudável com verduras e frutas, redução do consumo de sal, açúcar e gorduras, a prática de atividades físicas com regularidade, controlar o peso e parar de fumar. O avanço preocupante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) acendeu um alerta geral para essas pessoas. Conforme levantamento do Ministério da Saúde, o grupo de risco inclui idosos, pessoas com problemas respiratórios, asma, cardiopatas e também diabéticos, sendo que esses dois últimos sofrem com os casos mais graves e maior número de óbitos. O controle glicêmico é ainda mais fundamental para os diabéticos. Mas, como a manutenção de bons hábitos alimentares e atenção com a saúde podem ajudar pessoas com diabetes?

O grupo de risco sofre com o desenvolvimento dos casos mais graves e aumento do número de óbitos pelo comprometimento da imunidade decorrente do excesso de glicose e a tendência à inflamação, impedindo o sistema imunológico de responder, adequadamente, às infecções. O fator de risco para diabéticos não se baseia somente na falta de produção de insulina, mas, sim, na grande quantidade de glicose no sangue. É fundamental manter a doença controlada para restringir a chance de desenvolvimento de complicações no caso de contaminação pelo novo coronavírus.

Os diabéticos muito acima do peso também estão inclusos no grupo de risco, devido à tendência para inflamação. O momento requer adoção de práticas benéficas à saúde e bem-estar. A adoção do isolamento social é essencial para diabéticos e população em geral estarem atentos para evitar o ganho de peso. A recomendação é praticar exercícios, como caminhada, e manter uma alimentação adequada, evitando abusos decorrentes do aumento da ansiedade. É importante evitar excessos.

Seguir as orientações de higiene e prevenção da transmissão do novo coronavírus, como lavar as mãos corretamente; usar um desinfetante à base de álcool 70%; limpar objetos tocados com frequência, evitando tocar nos olhos, boca ou nariz sem as mãos limpas também são ações importantes. Deve-se cumprir a “etiqueta respiratória”, sempre cobrindo o rosto com o braço ou um papel descartável ao tossir ou espirrar.

A adoção dessas práticas em um período tão arriscado e sensível para pessoas com diabetes pode e deve se tornar um estilo de vida, principalmente, entre quem tem dificuldade para seguir hábitos saudáveis. Trata-se de uma doença que requer controle e monitoramento sempre, independentemente das ameaças externas. As recomendações manterão o sistema imunológico adequado para diminuir os riscos de complicações.

* Adauto Versiani é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais (SBEM-MG)

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