O Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira (4/1), uma Nota Técnica recomendando a aplicação da dose de reforço da vacina contra Covid-19 para todas as crianças entre 5 e 11 anos. A imunização complementar, para as crianças que tomaram a primeira e a segunda dose da Pfizer ou da Coronavac, deve ser feita com a vacina pediátrica da Pfizer e o intervalo entre elas deve ser de, pelo menos, quatro meses. De acordo com o site da Prefeitura de Belo Horizonte, porém, o imunizante não está disponível na capital mineira.
A orientação do Ministério da Saúde considera estudos científicos que apontam um aumento da proteção com a dose complementar. Para a análise da recomendação de dose de reforço para esse público, entre outros critérios, foi observado o aumento dos níveis de anticorpos depois da aplicação da dose complementar. No estudo clínico, as crianças avaliadas apresentaram aumento de seis vezes no número de anticorpos após a dose de reforço. Em outra sub análise, o reforço da vacina da Pfizer se mostrou eficaz contra a variante Ômicron, com aumento de 36 vezes na produção de anticorpos nessa faixa etária.
Esses resultados mostram a importância de completar o ciclo vacinal contra a Covid-19, para garantir que os imunizantes atinjam a eficácia completa e protejam contra casos graves e mortes pela doença. Mesmo quem perdeu o prazo recomendado, deve procurar um posto de vacinação. O Ministério da Saúde também recomenda a administração simultânea de vacinas Covid-19 com os outros imunizantes do calendário vacinal para proteger as crianças contra outras doenças.
Cobertura vacinal
De acordo com dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço contra a Covid-19. Até o momento, 163 milhões de pessoas tomaram a segunda dose ou dose única da vacina, o que representa 79% da população. Quanto à primeira dose de reforço, 102,5 milhões foram aplicadas. A segunda dose de reforço – ou dose adicional – soma 45,2 milhões de aplicações.